MENOS PODE SER MAIS?
“Prática ancestral e religiosa, o jejum conquista cada vez mais adeptos. Para além de um exercício de ‘purificação,’ a prática surge como um novo meio de curar a si mesmo.” (Le Monde)
E se o jejum for um método simples e eficaz para tratar vários males? Eis uma pergunta provocativa, até mesmo escandalosa para aqueles que defendem os dogmas médicos e científicos. Porém, desde o dr. Henry Tanner, que jejuou durante quarenta dias em 1880 sob o escrutínio de seus colegas, até o biólogo americano Valter Longo, que atualmente aplica a técnica do jejum em ratos cancerosos com resultados surpreendentes, estudos sobre o tema são numerosos. No entanto, poucos sabem que, por exemplo, pesquisadores e médicos russos, desde os anos 1950, curaram milhares de pacientes com o auxílio de técnicas de jejum.
É este resgate histórico que Thierry de Lestrade faz neste livro incrivelmente bem documentado, fruto de uma longa pesquisa para um documentário francês de mesmo nome. Jejuar é perigoso? Quais as estratégias de jejum? É possível medir seus efeitos? Qual sua ação sobre células cancerosas? A todas essas questões e a muitas outras os pesquisadores forneceram respostas – muitas vezes surpreendentes.
O que vemos, então, é uma história da medicina na qual o jejum já foi praxe, mas que atualmente privilegia uma visão de corpo humano como um mero conjunto de peças intercambiáveis, em detrimento de abordagens mais globais e sistêmicas. Mesmo em países ocidentais desenvolvidos, a medicina moderna enfrenta vários limites. Face a essa constatação, a prática do jejum, tão antiga, surge como uma possível nova terapia. E, de quebra, em uma cultura materialista, gulosa e consumista ao extremo, o renascimento do jejum coloca uma questão paradoxal: Menos pode ser mais?
Os Editores
Thierry de Lestrade, diretor de documentários, é autor de quase vinte filmes. Recebeu vários prêmios, entre eles o Albert Londres para La Justice des hommes (2002) e o Europa por Mâles en péril (2008). O presente livro originou-se com um documentário de mesmo nome, Le jeûne, une nouvelle thérapie? (2012), co-dirigido por Sylvie Gilman.
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Opinião do Leitor
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