Outros Formatos


"E se de agora em diante te faltam todas as escadas, deves saber ainda subir sobre tua própria cabeça: de que outra maneira quererias ascender?"

Friedrich Nietzsche - "Assim falou Zaratustra"

ASSIM FALOU ZARATUSTRA: UM LIVRO PARA TODOS E PARA NINGUÉM

ALSO SPRACH ZARATHUSTRA: EIN BUCH FÜR ALLE UND KEINEN

Friedrich Nietzsche

Tradução de Gabriel Valladão Silva

TRADUÇÃO DIRETA DO ALEMÃO.

APRESENTAÇÃO DE MARCELO BACKES.

Amado, odiado, incompreendido, mal-interpretado – mas jamais ignorado. Essa é a sina não apenas do personagem principal de Assim falou Zaratustra, mas também do próprio livro – a mais célebre obra de Friedrich Nietzsche (1844-1900). Desde a época de seu lançamento, o texto instiga e divide os críticos, e sua influência se estende para muito além da filosofia, inspirando autores como Carl Jung e Thomas Mann. Aliando poesia e discurso filosófico e sedimentando alguns dos conceitos centrais do pensamento de Nietzsche – tais como o super-homem, a vontade de poder e o eterno retorno –, Assim falou Zaratustra foi considerado pelo próprio autor seu trabalho mais importante e íntimo. Esta nova tradução, diretamente do alemão, mantém a musicalidade e a verve do original e convida o leitor brasileiro a mergulhar nesta que é uma das mais enigmáticas e fundamentais obras filosóficas de todos os tempos.

“Deus está morto”

Zaratustra foi, originalmente, o profeta persa que fundou, por volta de 600 a.C., o zoroastrismo, a primeira religião monoteísta de que se tem notícia. Imbuída de uma visão altamente dicotômica do universo, essa crença viria a influenciar a tradição judaico-cristã. Como que tecendo um paralelo irônico entre o personagem histórico e a sua própria filosofia, que vai radicalmente de encontro a todas essas divisões dualistas das religiões, Friedrich Nietzsche escolheu esse mesmo nome para o protagonista de Assim falou Zaratustra, seu mais conhecido livro. Mais do que um eu lírico idealizado, o Zaratustra nietzschiano é também a personificação de seu pensamento e de sua crítica ao niilismo.
Tanto pelo estilo experimental quanto pelo conteúdo paradoxal e herético – a afamada expressão “Deus está morto”, por exemplo –, a obra, com o provocativo subtítulo de Um livro para todos e para ninguém, conturbou a crítica e o meio acadêmico de sua época. Por este motivo, permaneceu pouco estudado por muitos anos, especialmente depois que as ideias de Nietzsche foram associadas ao nazismo devido às distorções que sua filosofia sofreu nas mãos de sua irmã. Apenas na segunda metade do século XX o texto ganhou a merecida atenção e sua contribuição não só para a filosofia, mas também para a literatura e para a arte, pôde ser reconhecida.


Assim falou Zaratustra saiu separadamente, entre 1883 e 1885. A edição completa da obra saiu apenas em 1892, organizada por seu aluno e amigo Peter Gast, após o autor sofrer um colapso nervoso que o deixou incapacitado. Apesar do aparente obscurantismo e das passagens ambíguas, esta, que é considerada por muitos a realização máxima de Nietzsche, continua a influenciar e a desafiar todo aquele que ousa desvendá-la.

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Informações Gerais

  • Título:

    ASSIM FALOU ZARATUSTRA: UM LIVRO PARA TODOS E PARA NINGUÉM

  • Título Original:
    ALSO SPRACH ZARATHUSTRA: EIN BUCH FÜR ALLE UND KEINEN
  • Catálogo:
    Outros Formatos
  • Gênero:
    Filosofia
  • Série:
    Clássicos L&PM
  • Cód.Barras:
    9788525431028
  • ISBN:
    978.85.254.3102-8
  • Formato:
    14x21
  • Páginas:
    312
  • Edição:
    outubro de 2014

Vida & Obra

Friedrich Nietzsche

Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900) nasceu em Röcken, na Saxônia, filho de uma família de pastores protestantes. Seu pai e seus dois avôs eram pastores. Aos dez anos já fazia suas primeiras composições musicais e aos quatorze tornou-se professor numa Escola Rural em Pforta. Nessa época fez seu primeiro exercício autobiográfico, sinalizando a vinda do Ecce homo, trinta anos depois. “Da minha vida” é o título da obra de um autor que, em rala idade, já se sabia de...

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Opinião do Leitor

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Amado, odiado, incompreendido, mal-interpretado – mas jamais ignorado. Essa é a sina não apenas do personagem principal de Assim falou Zaratustra, mas também do próprio livro – a mais célebre obra de Friedrich Nietzsche (1844-1900). Desde a época de seu lançamento, o texto instiga e divide os críticos, e sua influência se estende para muito além da filosofia, inspirando autores como Carl Jung e Thomas Mann. Aliando poesia e discurso filosófico e sedimentando alguns dos conceitos centrais do pensamento de Nietzsche – tais como o super-homem, a vontade de poder e o eterno retorno –, Assim falou Zaratustra foi considerado pelo próprio autor seu trabalho mais importante e íntimo. Esta nova tradução, diretamente do alemão, mantém a musicalidade e a verve do original e convida o leitor brasileiro a mergulhar nesta que é uma das mais enigmáticas e fundamentais obras filosóficas de todos os tempos.

“Deus está morto”

Zaratustra foi, originalmente, o profeta persa que fundou, por volta de 600 a.C., o zoroastrismo, a primeira religião monoteísta de que se tem notícia. Imbuída de uma visão altamente dicotômica do universo, essa crença viria a influenciar a tradição judaico-cristã. Como que tecendo um paralelo irônico entre o personagem histórico e a sua própria filosofia, que vai radicalmente de encontro a todas essas divisões dualistas das religiões, Friedrich Nietzsche escolheu esse mesmo nome para o protagonista de Assim falou Zaratustra, seu mais conhecido livro. Mais do que um eu lírico idealizado, o Zaratustra nietzschiano é também a personificação de seu pensamento e de sua crítica ao niilismo.
Tanto pelo estilo experimental quanto pelo conteúdo paradoxal e herético – a afamada expressão “Deus está morto”, por exemplo –, a obra, com o provocativo subtítulo de Um livro para todos e para ninguém, conturbou a crítica e o meio acadêmico de sua época. Por este motivo, permaneceu pouco estudado por muitos anos, especialmente depois que as ideias de Nietzsche foram associadas ao nazismo devido às distorções que sua filosofia sofreu nas mãos de sua irmã. Apenas na segunda metade do século XX o texto ganhou a merecida atenção e sua contribuição não só para a filosofia, mas também para a literatura e para a arte, pôde ser reconhecida.


Assim falou Zaratustra saiu separadamente, entre 1883 e 1885. A edição completa da obra saiu apenas em 1892, organizada por seu aluno e amigo Peter Gast, após o autor sofrer um colapso nervoso que o deixou incapacitado. Apesar do aparente obscurantismo e das passagens ambíguas, esta, que é considerada por muitos a realização máxima de Nietzsche, continua a influenciar e a desafiar todo aquele que ousa desvendá-la.

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