Coleção L&PM Pocket


OS CRIMES DO AMOR

LES CRIMES DE L'AMOUR

Marquês de Sade

Tradução de Magnólia Costa Santos

O divino marquês, que passou quase metade de sua vida entre prisões e sanatórios, extremado individualista, ateu convicto, capaz de escandalizar gerações e ser censurado um século e meio após sua morte, até mesmo ele teve seu momento de fraqueza. Pois o Sade dessas novelas acaba capitulando diante de uma idéia que combatia obsessivamente – o amor. Eis o verdadeiro Sade clandestino, aquele que observa as convulsões dos sentimentos, em vez dos desregramentos dos sentidos. Nem por isso deixou de ser criminoso – só que, aqui, são crimes cometidos por amor, não meramente por prazer. A Condessa de Sancerre e Dorgeville, dois dos personagens destas quatro novelas, continuam devassos, mas, ao contrário do que ocorre em Justine, sua devasidão é ditada por um certo enternecimento.

O Sade de Os crimes do amor segue à risca os conselhos que prescreve e se ocupa em "pintar os homens tais como são". E já que os homens, tais como parecem ser, não são perfeitamente sádicos, é-lhes permitido alguns deslizes, como enamorar-se. Aparentemente, Os crimes do amor podem soar mais ligeiros em termos da contabilidade de perversões e atrocidades. Mas o compromisso com o vício é ainda maior. Porque a indecência do marquês, nessas novelas, vem do fundo do coração.

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Informações Gerais

  • Título:

    OS CRIMES DO AMOR

  • Título Original:
    LES CRIMES DE L'AMOUR
  • Catálogo:
    Coleção L&PM Pocket
  • Gênero:
    Erótico
    Contos
  • Série:
    Eróticos
  • Referência:
    194
  • Cód.Barras:
    9788525410047
  • ISBN:
    978.85.254.1004-7
  • Páginas:
    216
  • Medidas:
    10,7 X 17,8 cm
  • Edição:
    abril de 2000

Vida & Obra

Marquês de Sade

Num raro ensaio sobre a arte da escrita, o Marquês de Sade (1740-1814) prescrevia aos postulantes que um escritor deve “pintar os homens tais como são”. Na vida e na literatura o Marquês foi coerente. Se por um lado passou a vida em prisões, pagando por crimes de licenciosidade, perversões sexuais, violência sexual etc., por outro lado legou à história uma obra ampla e complexa, testemunha de seu tormento e de qualidade inquestionável. Donatien Alphonse-François, o Marquês ...

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O divino marquês, que passou quase metade de sua vida entre prisões e sanatórios, extremado individualista, ateu convicto, capaz de escandalizar gerações e ser censurado um século e meio após sua morte, até mesmo ele teve seu momento de fraqueza. Pois o Sade dessas novelas acaba capitulando diante de uma idéia que combatia obsessivamente – o amor. Eis o verdadeiro Sade clandestino, aquele que observa as convulsões dos sentimentos, em vez dos desregramentos dos sentidos. Nem por isso deixou de ser criminoso – só que, aqui, são crimes cometidos por amor, não meramente por prazer. A Condessa de Sancerre e Dorgeville, dois dos personagens destas quatro novelas, continuam devassos, mas, ao contrário do que ocorre em Justine, sua devasidão é ditada por um certo enternecimento.

O Sade de Os crimes do amor segue à risca os conselhos que prescreve e se ocupa em "pintar os homens tais como são". E já que os homens, tais como parecem ser, não são perfeitamente sádicos, é-lhes permitido alguns deslizes, como enamorar-se. Aparentemente, Os crimes do amor podem soar mais ligeiros em termos da contabilidade de perversões e atrocidades. Mas o compromisso com o vício é ainda maior. Porque a indecência do marquês, nessas novelas, vem do fundo do coração.

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