Vida & Obra


Luís Carlos Martins Pena

Luis Carlos Matins Pena nasceu no dia 5 novembro de 1815 no Rio de Janeiro. Filho de João Martins Pena e Francisca de Paula Julieta Pena, ficou órfão de pai quando tinha apenas um ano de idade e de mãe aos dez. Dai por diante foi criado por tutores que o incentivaram a aprender as artes do comércio. Após completar o curso de Comércio em 1835, passou a estudar, dentre outras coisas, pintura, música, literatura e teatro. Dedicou-se também ao estudo de outras línguas, tendo grande facilidade em dominá-las. Essa aptidão facilitou o seu ingresso na carreira diplomática, chegando a ser adido de primeira classe na missão diplomática brasileira na Inglaterra. Tuberculoso, deixou o frio de Londres e tentou retornar ao Brasil. No entanto, não completou a viagem, vindo a falecer em 7 de dezembro de 1848 em Lisboa.

Martins Pena é considerado o fundador da comédia de costumes no teatro brasileiro. É considerado ainda um dos principais precursores do Romantismo no Brasil e um dos primeiros autores a retratar o processo de urbanização no século XIX.

Grande parte da obra composta por Martins foi teatro. Em suas aproximadas 30 peças, divididas em comédias e farsas, percebe-se que Martins Pena usa com precisão a linguagem coloquial. Outras características importantes são o seu extraordinário estilo cômico e a sátira, usada para censurar, entre outras coisas, a hipocrisia da Igreja e os abusos políticos. Vale lembrar que graças a esse estilo conseguiu grande popularidade não só no período em que viveu, mas também nos dias atuais, pois suas obras são representadas com êxito nos dias atuais.

Picaresco, irônico, Martins Pena fez um raio-X da sociedade provinciana e suas idiossincrasias, criticando com sutileza e bom humor os falsos moralistas, os políticos sem escrúpulos, os religiosos da boca pra fora e as convenções de um meio social marcado pelo preconceito e pela hipocrisia. O noviço é muito representativo da sua obra e trata de um casamento de interesses. Martins Pena escreveu ainda O juiz de paz na roça (1838), A família e a festa na roça (1840), Judas em sábado de Aleluia e Os irmãos das almas (1844), Quem casa quer casa e O caixeiro da taverna (1845), entre outras peças.

Fonte: www.mundocultural.com.br

 


 

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