–Fãs de Jane Austen podem comemorar. No início de 2010, chega às bancas e às livrarias de todo o Brasil o aclamado Orgulho e preconceito (Pride and prejudice), com tradução de Celina Portocarrero e prefácio do poeta Ivo Barroso. Consagrado como o segundo livro mais amado pelos leitores do Reino Unido de acordo com uma pesquisa da BBC de Londres em 2003, Orgulho e preconceito foi levado às telas de cinema diversas vezes, a mais recente delas em 2005. Na adaptação do diretor Joe Wright – que já havia filmado Razão e sensibilidade –, Keira Knightley e Matthew Macfadyen interpretaram, respectivamente, Elizabeth e sr. Darcy, protagonistas do romance escrito por Austen antes de completar 21anos e inicialmente intitulado First impressions (Primeiras impressões).

Nascida em Steventon, em Hampshire (Inglaterra) em 16 de dezembro de 1775, Jane Austen foi a penúltima dos oito filhos do reverendo George Austen (1731-1805) e de sua mulher Cassandra Leigh Austen (1739-1827). Jane, que faleceu com apenas 41 anos, começou a escrever histórias apenas para a distração de seus inúmeros sobrinhos, chegando mais tarde a publicar alguns livros, o primeiro deles sob pseudônimo. Contemporânea de outras escritoras talentosas, como Emily Brontë, autora de O morro dos ventos uivantes, Jane Austen se destacou por aquilo que era mais raro na literatura inglesa da época: o humor. Os aspectos cômicos da pequena aristocracia inglesa são expostos ao ridículo por meio das fraquezas vocabulares e das gafes em vários de seus romances. É através desse talento da autora que, assim como Elizabeth, o leitor tem acesso ao verdadeiro sr. Darcy de Orgulho e preconceito, à primeira vista apenas mais um nobre belo e esnobe.

Com tiragens comparáveis apenas com as da Bíblia e das obras de Shakespeare, os livros de Jane Austen mantêm-se entre os mais lidos graças à modernidade da sua escrita. Mesmo tendo vivido em uma cidade pequena e ter ficado limitada ao convívio familiar, Jane soube descrever como ninguém a sociedade na qual estava inserida: as tentativas de ascensão na escala social, especialmente pelas mulheres, que tinham no casamento a única chance de se tornarem alguém, o valor das pessoas determinado pela sua renda anual, o grau de ignorância dos nobres e a maldade das pessoas boas são algumas características que aparecem nas suas cativantes histórias.

Para saber mais sobre Jane Austen, acesse o site Jane Austen em português. Leia um trecho de Orgulho e Preconceito no PDF abaixo.

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