05/10/2010
- Por L&PM Editores
“Tudo o que você queria saber sobre o zodíaco e nunca lhe contaram” é o que promete o livro Use e abuse do seu signo, de Marília Pacheco Fiorillo e Marylou Simonsen. De maneira divertida, elas apresentam um livro onde os doze signos são tratados com toda a seriedade que merecem e a dose necessária de humor. Há de tudo, até a biblioteca que mais tem a ver com cada um.
Áries: O ideal é que ele procure aquelas obras em que possa se identificar com o herói. Dom Quixote, de Cervantes, é o seu clássico de cabeceira. Outro mito da cavalaria andante, só que moderna, é o detetive Sam Spade, de Dashiel Hammet – um Carneiro exemplar, durão, idealista, incorruptível, solitário e de coração tão sensível quanto uma mocinha.
Touro: Nada de misticismos, new age, astrologia, cristais que curam ou coisas do gênero. (...) O livro de cabeceira é O amante de lady Chatterley, de D. H. Lawrence: todo Touro sonha ter o seu dia de guarda florestal que seduz a bela e negligenciada senhora
Gêmeos: Vale tudo, de Platão a um phrase-book, com a voracidade que eles têm por palavras. Devoram biografias, romances, revistas ilustradas, mitologia, história das civilizações, psicologia. Jornais e revistas são seus livros de cabeceira, as únicas obras capazes de sintetizar tal amplitude de interesses.
Câncer: Livros de história, desde que com poucas notas de rodapé, caem bem: ele vai folhear quase tudo, dando preferência aos períodos entre-guerras, o que vai reduzir consideravelmente a sua carga de leitura. O Caranguejo também tem um fraco por poesia – quanto mais lírica, melhor.
Leão: O Leão aprecia muito autobiografias, provavelmente porque já está matutando sobre a possibilidade de publicar a sua. (...) Enquanto aguarda, o Leão pode se espreguiçar folheando A ilha do tesouro, de R. L. Stevenson...
Virgem: Ele vai estar sempre se instruindo, quer consulte um abecedário do Código Morse ou A comédia humana, de Balzac. O detalhismo das descrições de Balzac vai encantá-lo, mas seu real livro de cabeceira é qualquer um do Sherlock Holmes.
Libra: Se um autor cuja obra cala fundo na sensível consciência libriana é o dramaturgo Oscar Wilde. Para librianos mais pragmáticos, recomenda-se como livro de cabeceira aquele que estiver no topo de uma lista de best-seller, não importa sobre que assunto: mesmo que eles não leiam o livro inteiro, nunca poderão ser acusados de estarem desatualizados.
Escorpião: Seu livro de cabeceira é Crime e castigo, do russo Dostoiévski. (...) Pra leituras mais amenas, recomenda-se A obra em negro, de Marguerite Yourcenar; O som e a fúria, de William Faulkner, ou Macbeth de Shakespeare.
Sagitário: Seu livro de cabeceira é As aventuras de Tom Jones, clássico do inglês Fielding sobre as trapalhadas rocambolescas de um herói cheio de caráter. Sagitarianos mais líricos se darão muito bem com o poema Retorno de Ítaca, do grego Kaváfis...
Capricórnio: Além de manuais de etiqueta, sempre em edições autalizadas, Cabras devoram livros ilustrados sobre mobiliário, brasões, heráldica, castelos. Também são vidrados em biografias de gente que deu certo na vida. (...) Capricórnio é o único signo do zodíaco capaz de ler todos os volumes do Tempo perdido sem confundir os personagens.
Aquário: Philp K. Dick, Carl Sagan, Isaac Asimov, H. G. Wells e todos os autores de science fiction. (...) O aquariano mais saturnino, em vez de ficção científica, tem verdadeira loucura por assuntos históricos, da queda do Império Romano à queda do Muro de Berlim.
Peixes: Tudo o que for esotérico... Mas seu livro de cabeceira não é a autobiografia de um iogue, como pode parecer, mas o mais fantasioso dos gêneros: o conto de fadas, dos Irmãos Grimm ou de Hans Christian Andersen...
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