Responsável por uma das maiores revoluções culturais do século XX, “On the Road”, traduzido por Eduardo Bueno, mantém intacta sua aura de transgressão, lirismo e loucura.
Como o gemido lancinante e dolorido de “Uivo”, de Allen Ginsberg, o brado irreverente e drogado de “Almoço Nu”, de William Burroughs, ou a lírica emocionada e emocionante de Lawrence Ferlinghetti, “On the Road” escancarou ao mundo o lado sombrio do sonho americano. A partir da trip de dois jovens – Sal Paradise e Dean Moriarty –, de Paterson, New Jersey, até a costa oeste dos Estados Unidos, atravessando literalmente o país inteiro a partir da lendária Rota 66, Jack Kerouac inaugurou uma nova forma de narrar.
Em abril de 1951, entorpecido por benzedrina e café, inspirado pelo jazz, Kerouac escreveu em três semanas a primeira versão do que viria a ser “On the Road”. Uma prosa espontânea, como ele mesmo chamava: uma técnica parecida com a do fluxo de consciência. Mas o manuscrito foi rejeitado por diversos editores e o livro foi publicado somente em 1957, após alterações exigidas pelos editores.
A obra-prima de Kerouac foi escrita fundindo ação, emoção, sonho, reflexão e ambiente. Nesta nova literatura, o autor procurou captar a sonoridade das ruas, das planícies e das estradas americanas para criar um livro que transformaria milhares de cabeças, influenciando definitivamente todos os movimentos de vanguarda, do be bop ao rock, o pop, os hippies, o movimento punk e tudo o mais que sacudiu a arte e o comportamento da juventude na segunda metade do século XX.
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Opinião do Leitor
Gabriel Mello F.
Rio de Janeiro - RJ
Além de qualquer expectativa sobre uma viagem cheia de aventuras, On The Road inicia um estilo totalmente novo de leitura, muito mais dinâmica e, de certo modo, ofegante. Com isso, o livro deixa de ser uma simples literatura juvenil para virar um clássico, assim como obras de: Jack London, Balzac, Dostoiévski. Um livro que mudará seu modo de ver o mundo.
31/05/2013
Agatha
Rafaella Vieira
Recife/PE
A tradução do Eduardo Bueno? Só uma palavra: fantástica! Essa obra criou uma fluidez indescritível dessa maneira! Parabéns!!!! Cultura beat para sempre eternizada de uma maneira feliz!!!
20/10/2010