Guerra civil e degola no Rio Grande
A revolução de 1893 teve a duração de 31 meses e fez nada menos de 10 mil vítimas. Destas, mais de mil morreram por degolamento, calculando-se meio por baixo, sem querer forçar os algarismos. Chega-se a essa conclusão levando-se em conta a estatística das duas grandes sessões de degola da revolução – Rio Negro e Boi Preto –, perfazendo ambas total aproximado a 700 gargantas seccionadas. Dando-se uma peneirada nas inúmeras versões sobre as duas hecatombes, chega-se a uma distância aproximada da verdade dos fatos. Fizemos o possível para atingi-la. A cifra avulta em relação ao número total de mortos. Coisa de dez por cento. Ou mais, talvez.
Trecho do livro
Uma guerra sangrenta e cruel
Com milhares de mortos, a Revolução de 1893 no Rio Grande do Sul foi um dos conflitos internos mais sangrentos e cruéis jamais registrados na história do Brasil. A partir do confronto entre maragatos e chimangos se acentuou uma rivalidade que racharia o estado em dois – os lenços brancos de um lado e os colorados de outro. Esta dissensão, alimentando-se de ódio, seguiu quase até meados do século XX.
Neste livro, o historiador e jornalista Carlos Reverbel – um dos mais importantes estudiosos da história do Rio Grande do Sul – expõe a origem e as causas deste conflito político, militar e econômico. O resultado é um livro fundamental, ágil, informativo, explicando com dados e dezenas de fontes uma das páginas mais dramáticas da nossa história.
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