"Tchékhov apresenta-se inesgotável, porque, apesar da aparente descrição da vida trivial, [...] ele sempre fala sobre o Humano com maiúscula."
Stanislavski
Numa época em que o teatro russo era dominado pelos melodramas, Tchékhov radicalizou a arte dramática ao escrever peças nas quais destrinchava os hábitos, os amores e os desejos das pessoas comuns. Para o escritor, o cotidiano e as banalidades da vida estavam repletos de dramas e podiam ser temas de grandes obras.
Depois de escrever A gaivota e obter um sucesso estrondoso com a montagem do Teatro de Arte de Moscou, em 1898, Tchékhov passou a escrever suas peças especialmente para o grupo dirigido por Stanislavski – ator, diretor e fundador do método de atuação que influenciou o Actors Studio. Foi no suntuoso palco russo que estrearam Tio Vânia, em 1899, e O jardim das cerejeiras, em 1904. Em ambas pode-se ver retratado o dia-a-dia de duas famílias russas que buscam um rumo frente às mudanças que se desenhavam na passagem do século XIX para o século XX. A tradução de Millôr Fernandes enaltece o tom tchekhoviano, entre a tragédia e a comédia, que tão belamente retrata o fluxo da vida.
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Opinião do Leitor
Agnaldo Stein
Içara / Santa Catarina
O jardim das cerejeiras e Tio Vânia são duas peças ótimas de Tchékhov. Gostei muito de lê-las. A tradução do Millôr também está ótima. Duas belas peças, com uma linguagem bem acessível. Recomendo a leitura!
22/02/2010