Charles Bukowski escreveu prolificamente durante toda a sua vida – centenas de contos, romances e, principalmente, poesia. A maioria desses poemas eram publicados em revistas marginais, de pequena circulação, e muitos permaneceram não publicados até hoje. Em Tempestade para os vivos e para os mortos, Abel Debritto, especialista e biógrafo do autor, vem preencher essa lacuna. Aqui estão reunidos os melhores desses poemas inéditos – que ficaram na gaveta – e outros que jamais foram compilados em livro.
Encontramos poemas do início da carreira, nos quais é possível ver o autor em busca de sua verve, e também poemas da velhice, no auge da maturidade como escritor.
Reunidos e ordenados cronologicamente, os versos compõem como que uma autobiografia acidental de Bukowski. Não faltam a abrasão, a autocomiseração e a franqueza característica, que revelam em toda sua glória a sordidez que faz parte do ser humano. Também está incluído aquele que é considerado o último poema escrito por Bukowski, “#1”, semanas antes de sua morte.
Nunca o assombro diante da existência foi retratado em versos ao mesmo tempo tão cotidianos e tão geniais. Nunca um poeta conseguiu expressar de forma tão marcante e tão simples o fato irrefutável de que, por dentro, todo ser humano é um perdedor.
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