Quando do surgimento do primeiro volume da trilogia de Residências, o livro Residência na terra I, em 1933, o mundo da poesia de língua espanhola ficou profundamente estremecido pelo rompimento provocado pelos versos de Neruda. Surrealista, radical, impondo um novo equilíbrio à língua, político ao mesmo tempo que telúrico, assim também é Residência na terra II, que o leitor tem em mãos na magistral tradução do poeta e escritor Paulo Mendes Campos. Com poemas escritos entre 1931 e 1935 – turbulentos anos em que se preparava a Guerra Civil espanhola –, Residência na Terra II anuncia a radical guinada política que se verificará na poesia posterior do autor, como em Terceira Residência. Se tratam de versos tensos, marco da poesia contemporânea. Sobre a polêmica destes livros, o escritor argentino Júlio Cortazar declarou: "Aceitar, assumir Residência na Terra exige a aceitação da existência de uma dimensão diferente da língua".
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