PRÊMIO NOBEL 1971
EDIÇÃO BILÍNGUE
Em dezembro de 1971, Pablo Neruda e sua mulher, Mathilde, viajaram a Moscou na tentativa de descobrir na medicina soviética alguma cura à doença do poeta, o câncer. Durante essa viagem, foram gestados os poemas de Elegia, publicado postumamente em 1974.
A cidade de Moscou – palco dos maiores sonhos revolucionários de Neruda –, assim como os amigos ausentes, mortos e desaparecidos, é objeto da homenagem última daquela que foi talvez a maior voz da poesia do século 20. Mas, se há afeto e saudade nos versos, há igualmente a inexorável presença da morte. E diversos fantasmas habitam os poemas de Neruda: Gogol, Maiakóvski, Púshkin, Górki, entre outros. Poucos poetas celebram a vida como Neruda. E, em sua sabedoria, ele soube aceitar também a morte como parte da existência e pagou-lhe seus devidos respeitos: "hoje na sombra de meu companheiro,/ no silêncio de meu companheiro/ na lua estilhaçada que derrama/ pranto, pranto de neve/ sobre o túmulo de meu companheiro".
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