David Bowie é muito mais do que um cantor que vendeu 136 milhões de discos, muito mais que um artista que experimentou uma miríade de estilos e definiu a cultura pop. Com seu perturbador alter ego, Ziggy Stardust, e canções como “Starman”, “Space Oddity” ou “Let’s Dance”, desafiou as regras da música e se converteu em ícone de sua época e em uma referência para as gerações futuras.
Este livro aborda todos os aspectos da vida de Bowie – das informações factuais às lacunas e às anedotas que se converteram em lenda. Como um hieróglifo, Bowie é um mistério que desafia ser totalmente desvendado. María Hesse, a autora de Frida Kahlo: uma biografia, conta a história desse artista fascinante usando e abusando da imaginação e da fantasia que sempre o cercaram.
Nascido nos arredores de Londres, David Robert Jones (1947-2016) entraria para a história como David Bowie, o cantor-compositor-ator-produtor musical camaleão que marcou o pop na segunda metade do século XX.
Filho de uma mulher que queria ser cantora e que tinha vários casos de doença mental na família, foi com seu meio-irmão mais velho, Terry (mais tarde diagnosticado com esquizofrenia), que descobriu a literatura dos Estados Unidos, o rhythm and blues e o jazz. Encantado, como o pai, pelas inovações tecnológicas que mudaram a forma de se consumir cultura, como a tevê, o rádio e o toca-discos, viria a compor “Space Oddity” e “Starman”, que se tornariam verdadeiros hinos da corrida especial (a britânica BBC reproduziu a primeira na transmissão da chegada do homem à Lua). Viveu em Berlim e em Nova York, descobriu The Velvet Underground e Kraftwerk, que seriam grandes inspirações. Criou alter egos como o pop star alienígena e andrógino Ziggy Stardust, que serviam como personas de palco, possibilitavam que se reinventasse e o conectavam à juventude.
Fez parcerias com os maiores músicos do seu tempo, como Mick Ronson, Tony Visconti, Lou Reed, Iggy Pop, Trevor Bolder, Woody Woodmansey, Carlos Alomar, Mike Garson, John Lennon, Brian Eno e Freddie Mercury. Se afundou nas drogas, flertou com o budismo – principalmente com a noção de desapego e de transitoriedade –, se declarou homossexual, teve diversos relacionamentos, estampou as páginas da imprensa sensacionalista, sofreu com contratos espúrios e a necessidade de recomprar a própria obra. Estrelou sucessos cinematográficos como Fome de viver (1983) e Labirinto (1986), além de compor um musical, Lazarus (2016), encenado no mundo todo. Teve dois filhos e encontrou a felicidade doméstica tardiamente. Seu ativismo e suas preocupações sociais se intensificaram ao final da vida, quando pareceu enfim em paz com a escuridão que (também) o habitara desde sempre.
Narrado em primeira pessoa, este livro permite que o leitor entre na mente e nos sentimentos de um dos maiores, mais fascinantes e criativos artistas de todos os tempos.
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