Abram alas para o faz-tudo! Já para a barbearia, que o sol raiou!
Imediatamente Almaviva reconhece o dono daquele vozeirão.
– É Fígaro...! – diz ele, ainda oculto.
Fígaro é o barbeiro mais popular de Sevilha e, certamente, o mais gritão também.
– Não há ofício mais nobre que o meu! – continua ele a cantar. – Lâminas, tesouras e pentes estão sempre à mão! E também os truques que tanto ajudam a embelezar as damas e os cavalheiros!
A voz do barbeiro ecoa nos casarões e vai se perder nas ruas transversas.
– Eis Fígaro, o melhor dos barbeiros! Todos o chamam, todos o querem!
“Dê-me a peruca, raspe-me a barba! Faça a sangria e entregue o bilhete!”
Já se vê que o eficiente barbeiro também exerce o ofício de mensageiro.
– Fígaro aqui, Fígaro lá! Fígaro para cima, Fígaro para baixo! Ele é o faz-tudo, e clientes jamais lhe faltarão! E sem os seus serviços moça sevilhana alguma se casará!
Trecho de O barbeiro de Sevilha
Todo mundo já ouviu falar em Carmen, A flauta mágica, La Bohème, Tristão e Isolda, Aida, La traviata, algumas das obras que compõem o repositório operístico da humanidade. Entretanto, este rico universo, por uma ou outra razão, ainda é tido como inacessível. Neste livro, A.S. Franchini seleciona algumas das mais populares óperas e as transforma numa história de fácil e agradável compreensão, devolvendo a esta arte a capacidade de comover as pessoas.
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