Balzac: sempre surpreendente
“Uma paixão no deserto” não tem nenhum vínculo direto com o conjunto das 89 histórias que formam A comédia humana. É peculiar, original, surpreendente e mais do que tudo, ambígua. Balzac incluiu este conto nas “Cenas da vida militar”, uma subdivisão de A comédia humana cujo projeto original previa cinco histórias, mas o autor só conseguiu concluir duas. É narrado na terceira pessoa e conta a história de um soldado do Exército de Napoleão perdido no deserto quando da invasão do Egito.
Segue-se a novela “A paz conjugal”, magnífico retrato dos salões parisienses no período da restauração da monarquia, após a queda de Napoleão. A história se passa majoritariamente durante um baile. O suficiente para esboçar um profundo painel retratando a sociedade daqueles tempos: luta pelo poder, adultério, tráfico de influências, enfim, homens e mulheres buscando “ouro e prazer”, o que, segundo Balzac, definia as aspirações da grande sociedade da época.
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