“Uma narrativa muito bem-humorada, à qual Lodge acrescenta camadas instrutivas e fascinantes… O trunfo do livro é colorir tudo isso com uma atraente vitalidade, tanto graças à verve espirituosa da prosa de Lodge quanto à sua arguta observação do mundo ao redor.” The Sunday Times
“Provavelmente nenhum outro trabalho de ficção (e possivelmente nenhum relato médico) descreveu tão bem a multiplicidade de confusões, frustrações e estratagemas sociais a que a surdez dá origem.” Times Literary Suplement
“Extremamente bom de ler… Uma das coisas mais enternecedoras que li em muito tempo… Um golpe de escrita perfeito.” Spectator
“Brilhante e adorável… inacreditavelmente engraçado e enternecedor.” Literary Review
“[David Lodge é] um daqueles escritores que você pode passar o dia inteiro lendo e encontrar algo divertido ou elegante em toda e qualquer página.” Washington Post
Hein?
Desmond Bates está ficando surdo. E a crescente incapacidade de distinguir os sons não faz outra coisa que não seja gerar confusão – para ele e para todos à sua volta. O que seria um acontecimento dramático na vida de qualquer um toma, neste caso, contornos irônicos: como professor de linguística aplicada, Desmond não tem outra alternativa senão se aposentar, dado o catálogo de mal-entendidos auditivos em que suas aulas se transformaram. O aparelho contra surdez nem sempre funciona, e sua vida pessoal tampouco sai incólume: sem a rotina acadêmica de um ano letivo, Desmond está cansado de ler spams sobre disfunção erétil e de acompanhar a bem-sucedida carreira da mulher, sempre ocupada demais para repetir o que acabou de dizer. Os papéis se invertem quando ele visita seu octagenário e ainda mais surdo pai, que se recusa a buscar auxílio médico.
A existência desse privilegiado e entediado inglês se vê ameaçada quando Alex, uma atraente e desequilibrada aluna de graduação – numa festa barulhenta onde Desmond não ouve nada direito –, faz ele prometer que a ajudará com sua tese. Porém, ela parece buscar seu apoio também para questões não tão acadêmicas… Ou seria tudo um grande mal-entendido?
Em seu 13o romance, David Lodge, um dos grandes nomes das letras britânicas e um dos mais bem-humorados romancistas da atualidade, coloca em cena um homem de meia-idade tentando se apaziguar com a surdez e com a proximidade da morte, com a comédia e a tragédia inerentes à vida humana. Mundialmente elogiado, Lodge consegue, em Surdo mundo, tratar profunda e seriamente dos temas da velhice e da mortalidade, numa obra ao mesmo tempo comovente e hilária.
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