Este livro trata de um tempo em que adversários eram punidos com a tortura, o desaparecimento e a morte.
O sequestro dos uruguaios Lílian Celiberti e Universindo Díaz em 1978, numa ação dos órgãos de repressão do Uruguai e do Brasil, expôs as vísceras da sinistra Operação Condor à opinião pública brasileira e internacional. Fundada em 1975 no Chile de Pinochet, a Condor era uma vasta ação terrorista de Estado que atropelava fronteiras nacionais e afrontava direitos humanos, forçando o desaparecimento de quem ousasse contestar os regimes de força dos generais. Dissidentes políticos eram caçados por comandos clandestinos militares e policiais.
Porto Alegre viveu este inferno numa tarde cinzenta de primavera de 1978. Alertados por um telefonema anônimo, o repórter Luiz Cláudio Cunha e o fotógrafo J.B. Scalco foram conduzidos até um apartamento do bairro Menino Deus, onde surpreenderam militares uruguaios e policiais brasileiros na fase final do seqüestro de Lílian e Universindo. Pela primeira vez no continente, jornalistas testemunhavam a Condor em pleno vôo.
A denúncia dos repórteres frustrou o sequestro. A pressão da imprensa e a repercussão na opinião pública constrangeram Montevidéu e Brasília. Os seqüestrados de Porto Alegre, contrariando a regra de sangue da Condor, escaparam vivos para contar a história de uma multinacional do terror que não costumava deixar sobreviventes.
Trinta anos depois, o repórter Luiz Cláudio Cunha, outro sobrevivente daquela tarde cinzenta de novembro, conta detalhes inéditos desta arriscada e impressionante aventura jornalística. Leia aqui como ele e todos nós sobrevivemos. àqueles duros tempos.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Leia nossa política de privacidade
Opinião do Leitor
Caline Galvão
João Pessoa/PB
O jornalista faz uma compilação de uma série de reportagens sobre este caso e acrescenta várias informações que na época não puderam sair na revista Veja. O livro traz informações riquíssimas da época e no final dois anexos: um sobre a ditadura no Uruguai e outro sobre a Operação Condor, o terror da ditadura no cone sul da América.
Essa grande reportagem foi escrita em forma de romance. A leitura é muito boa, escrito de forma bastante atraente, com capítulos bem divididos. Recomendável aos interessados pela história da ditadura no Brasil no cone Sul e também para os interessados sobre a ligação entre a ditadura nacional e uruguaia.
Indispensável para estudantes de jornalismo e jornalistas.
07/11/2011