“Recentemente, Silvia havia dito uma coisa em tom elogioso, que deixou Rosa muito impressionada:
‘Você está ótima, então não pode nem engordar nem emagrecer. Tem que ficar exatamente assim.’
Tudo o que Rosa comia era observado pela mãe com olhar crítico. Ela também perguntava, frequentemente, se a filha havia ido à academia e quanto tempo havia ficado lá.
E, embora sua nutricionista explicasse que ela podia, sim, comer o que quisesse desde que não cometesse exageros, a ideia foi considerada ridícula por Silvia:
‘Beleza dói, querida. Sempre foi assim.’
Rosa e Violeta, duas irmãs em tudo diferentes uma da outra: Rosa, a primogênita, é insegura e vive em conflito com a mãe; já Violeta é madura para sua idade, quer ser dramaturga e não tem problemas com o próprio peso ou com o próprio corpo.
A única coisa que parece unir e pacificar a relação das duas é a presença do pai, um homem bem-sucedido e amoroso, que faz questão de proporcionar uma vida mais do que confortável para a esposa e as filhas.
Este delicado equilíbrio, já abalado desde a tumultuada entrada de Rosa na adolescência, se desfaz de todo com a morte súbita do único homem do núcleo familiar — e não demora para as tragédias se sucederem vertiginosamente.
Presa em uma espiral de desespero, Rosa conhece Almeida, delegado de polícia honesto com sua própria história de perda e luto. Podem duas dores somar-se de forma positiva?
Utilizando diversas vozes narrativas, idas e vindas no tempo e recursos característicos do gênero policial — ao qual presta homenagem —, Clara Corleone trata do poder humanizante da dor, da perda e do perdão. O machismo estrutural da sociedade brasileira e o peso das relações interpessoais — dois temas que lhe são caros — servem de pano de fundo para este romance, que deixará o leitor em suspenso até a última linha.
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14 X 21 X 1,2 cm
“Desde criança leio o Juarez. Suas entrevistas provocam e revelam. Este é um livro que tem passado, presente e futuro.”
Vitor Ramil, músico e escritor, Pelotas
“Sem tocar nenhum instrumento, Juarez Fonseca fez muito pela música brasileira. Duvida? Abra esse livro, leia e ouça. Os sons estão todos lá.”
Márcio Pinheiro, jornalista e escritor, Porto Alegre
“Quem tem história para contar, conta. Juarez é testemunha ocular dos últimos cinquenta anos. Muito aprendi e aprendo com o trabalho dele.”
Paulo Moreira, jornalista e radialista, Porto Alegre
Este livro reúne entrevistas realizadas na década de 1980 pelo jornalista e crítico musical Juarez Fonseca com grandes nomes da música brasileira. Estão aqui de Luiz Gonzaga e Dorival Caymmi a artistas mais recentes, como os integrantes de Os Paralamas do Sucesso, dos Engenheiros do Hawaii, A Cor do Som, Evandro Mesquita, Lulu Santos, passando por Caetano Veloso, Gilberto Gil, Ney Matogrosso, Elis Regina, Nara Leão, Rita Lee, Roberto Carlos, Erasmo, Maria Bethânia e mais.
São conversas à vontade, nada protocolares. Gonzagão experimenta chimarrão enquanto fala sobre Gonzaguinha, Caetano discorre sobre psicanálise e a experiência de gravar com João Gilberto, Ney lembra seus anos de serviço militar e pensa na perspectiva de envelhecer, Paulinho da Viola diz que seu samba é moderado como ele, Elis revela que pensou em parar de cantar, Geraldo Flach diz que não precisa pedir licença para fazer música gaúcha…
Um volume que revive a efervescência musical dos anos 80, tão delicioso quanto obrigatório para os amantes de música.
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16 X 23 X 1,69 cm
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