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UM INIMIGO DO POVOHenrik Ibsen
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![]() Henrik IbsenHenrik Ibsen nasceu em 20 de março de 1828, filho de Knud e Marichen (Altenburgh) Ibsen, em Skien (Noruega) – uma cidade costeira de cerca de 3 mil habitantes cuja principal atividade econômica era a extração de madeiras. Com exceção de seu pai, que era proprietário de um armazém e de uma destilaria, os parentes por parte de pai foram todos marinheiros e capitães de navios. O irmão mais velho morreu um mês antes do nascimento de Henrik, mas seus pais tiveram mais quatro filhos, três homens e uma mulher, e todos viveram até a idade adulta. A Noruega esteve sob o poder da Dinamarca de 1387 a 1814, quando, depois de poucas semanas de independência, foi subjugada pela Suécia. Na época em que Henrik nasceu, era uma região rural muito primitiva, culturalmente subjugada pela Dinamarca, sem nenhuma vida intelectual própria. Henrik Ibsen nasceu num meio familiar conservador e feliz; seu pai era um próspero comerciante enquanto sua mãe cuidava do lar e tocava piano. A vida complicou-se quando em 1834 as autoridades governamentais mandaram fechar a destilaria, arruinando seu pai que foi obrigado a vender tudo o que tinha, das terras até a casa e a mobília. Dos 13 aos 15 anos, Ibsen cursou uma pequena escola particular, onde suas matérias favoritas eram religião e história clásica. Em 27 de dezembro de 1843, foi de navio para Grimstad, uma cidade de 800 habitantes ao sul, para trabalhar como assistente de farmacêutico. A partir daí Ibsen começa a levar sua vida, retornando a casa paterna somente em rápidas visitas e contatos ocasionais. Durante os seis anos que esteve em Grimstad, trabalhou arduamente na farmácia e aproveitou o seu pouco tempo livre lendo, pintando e escrevendo poesias. Em Grimstad, como em Skien, as peças de teatro eram encenadas por companhias de teatro itinerantes, e Ibsen assistiu algumas delas, criando imediatamente um fascínio pela dramaturgia. Em 1846, com 18 anos, ele teve um filho com uma empregada doméstica de 21 anos que trabalhava na casa de seu chefe (embora tenha sido obrigado a contribuir financeiramente para os estudos do filho até este completar 18 anos, nunca teve contato com a criança). Aos 20 anos, Ibsen já tinha se tornado um livre pensador em questões de religião e política, e estava completamente excitado com a onda de revoluções populares que surgiam por toda a Europa, em 1848, e ameaçavam os velhos governos. Ele escreveu poemas nos quais exaltava os húngaros que lutavam por sua libertação e instigava os seus companheiros escandinavos a se levantar contra os seus opressores. No princípio de 1849, escreveu Catiline, sua primeira peça, um drama em versos brancos que lembrava Shakespeare no estilo e na estrutura, embora Ibsen negasse qualquer influência direta. Catiline é tradicionalmente apresentado como um conspirador de cujas tramas Roma foi salva pela ação de Cícero; na versão de Ibsen, ele é um revolucionário e um herói. No princípio de 1856, Ibsen conheceu a jovem Suzannah e se casaram em 18 de junho de 1858. Embora nos dramas de Ibsen as mulheres fossem seguidamente apresentadas como dominadoras e não houvessem virtualmente casamentos felizes, tanto a sua esposa como o seu filho Sigurd (nascido em 23 de dezembro de 1859) devotariam totalmente suas vidas ao seu bem-estar pessoal e profissional. Ibsen deixou o teatro Bergen em 1857 para dirigir o Norwegian Theater em Christiana. Essa iniciativa fracassou em 1862, e nos dois anos seguintes ele passou dificuldades, vivendo com um pequeno salário do governo para reunir material sobre folclore (alguma coisa pôde ser utilizada em Peer Gynt, publicada em 1867). Em 1864, mudou-se com a família para Roma, onde viveria até 1891, com exceção de um período de dez anos na Alemanha, de 1868 a 1878. A carreira de Ibsen como dramaturgo passa por vários períodos distintos. Nas duas primeiras décadas, seu estilo predominante era o drama em verso, com temas seguidamente tirados da história clássica ou da história da Escandinávia (Loves Comedy [1862], uma versão satírica do casamento moderno, foi uma exceção significativa). Seu último drama épico, surgido a partir de motivos históricos, foi Emperor and Galilean (1873), que marcou uma virada importante, já que foi escrita em prosa. Muitos desses trabalhos foram fracassos de bilheteria. As maiores realizações de Ibsen neste período foram dois longos dramas em verso que foram publicados em vez de serem encenados. Brand (1865), que explorava o personagem de um pastor luterano fanático, idealista e obstinado, trouxe a Ibsen não apenas fama como também dinheiro, na forma de um subsídio do governo. Peer Gynt, que leva seu anti-herói pela Terra e através de uma série de aventuras, algumas sobrenaturais, não é diferente do Fausto, de Goethe, em sua poesia, em sua sucessão de cenas intensas, e em suas indagações morais e filosóficas. Embora diferente em estilo e essência das peças normalmente associadas a seu nome, ela permanece como um dos melhores trabalhos de Ibsen. The Pillars of Society (1877) foi o primeiro de oito dramas realistas, desenvolvendo-se na época moderna e escrito em prosa naturalista; esta peça revolucionaria o teatro europeu e daria a Ibsen uma reputação internacional. A Doll’s House (1879), a segunda destas peças, provocou sensação com seus insights psicológicos, com sua persuasiva representação das complexidades de uma relação matrimonial, e sua evidente simpatia pelas frustrações e pelo chocante conformismo das esposas nesta situação. Ghosts (1881) provocou um escândalo quando admitiu a herança de uma doença venérea, e foi mais do que tudo responsável pela reputação de Ibsen como um autor de “peças problemáticas”, dramas cuja principal preocupação era trazer a luz questões sociais controversas. Assim, nessa visão pequena, A Dolls House trata da subjugação da mulher, Ghosts é sobre a sífilis, Um Inimigo do Povo (1882, L&PM POCKET 2000) é sobre idealismo versus corrupção municipal e assim por diante. Na realidade, a verdadeira preocupação destas peças é a sutil análise do caráter humano e suas motivações, e a tortuosa natureza das relações; elas agem mais como uma base, uma explicação parcial do comportamento humano e dos problemas que as próprias pessoas criam para si mesmas e para os outros através de um rígido e quase sempre hipócrita apego a tradições obsoletas e normas sociais corruptas. A grande cruzada de toda a sua vida foi o combate a hipocrisia institucionalizada e suas conseqüentes crueldades. Em The Wild Duck (1884) ele expõe toda complexidade de sua visão moral e psicológica ao comprovar que em mãos inseguras e desonestas, “a verdade” pode ser tão destrutiva quanto a hipocrisia e a mentira – bem como a busca pela liberdade pessoal numa sociedade repressora, como está demonstrado em Heda Gabler (1890), uma de suas maiores peças teatrais. Os últimos anos e seu legado |
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