Anaïs Nin
Anaïs Nin nasceu em 21 de fevereiro de 1903 em Neuilly (arredores de Paris), filha de Joaquín Nin, pianista e compositor cubano, e de Rosa Culmell, dançarina também cubana, com ascendência franco-dinamarquesa. Durante a infância, acompanhou o pai em suas excursões artísticas por toda a Europa, vivendo sempre em meios cosmopolitas. Devido à separação dos seus pais, Anaïs viajou com a mãe e seus dois irmãos para os Estados Unidos quando tinha 11 anos de idade, instalando-se com a família em Nova York. Em 1923, voltou a viver na Europa (a partir daí alternaria a vida entre os Estados Unidos e o Velho Continente) e começou a escrever: críticas, ensaios, ficção e um diário. A redação deste diário continuaria ao longo da vida adulta, resultando em dezenas de volumes e transformando-se em um dos documentos de maior importância literária, psicanalítica e antropológica do século XX. O primeiro volume dos diários, The diary of Anaïs Nin, 1931-1934,só foi publicado em 1966. Henry Miller, amigo e amante de Anaïs, foi quem primeiro chamou a atenção para a importância destes textos autobiográficos em artigo para a revista inglesa The criterion, no ano de 1937. Além de um documento pessoal, os diárioscompõem um grande retrato da Paris do entre guerras e da Nova York do pós-Segunda Guerra Mundial. Eles se tornaram famosos por mostrarem intimamente as angústias da mulher ocidental na luta por seus anseios, por apresentarem a forma de auto-análise psicanalítica (Anaïs foi grandemente influenciada pelas então recentes descobertas de Freud, além de ter sido assistente de Otto Rank, discípulo do pai da psicanálise) e por proporem uma “escrita feminina”.
Além de precursora das idéias libertárias sobre a mulher e sobre o sexo, Anaïs Nin foi amiga de inúmeros escritores, entre os quais D. H. Lawrence, André Breton, Antonin Artaud, Paul Éluard e Jean Cocteau. Além de, é claro, o próprio Henry Miller (grande parte da sua relação com Miller está contada no livro Henry e June, que contém trechos do diário dos anos 1931 e 1932), cujo romance Trópico de câncer, de 1934, que tem como tema principal o sexo, ela prefaciou.
Anaïs Nin passou a maior parte da fase final da sua vida nos Estados Unidos, além de ter escrito toda sua obra em inglês. Juntamente aos vários volumes do seu diário, deixou várias obras literárias, entre as quais o poema em prosa House of incest (1936), o livro de contos Under the glass bell (1944) e os romances, em parte autobiográficos, Ladders to fire (1946), Uma espiã na casa do amor, 1954 (L&PM POCKET 2006), Pequenos pássaros,1959 (L&PM POCKET 2005) Seduction of the minotaur (1961) e The roman of future (1969), Delta de Vênus, 1969 (L&PM POCKET 2005) entre outros. Morreu em 14 de janeiro de 1977, em Los Angeles, nos Estados Unidos.
Nathalia Natali
São Paulo - SP
Ler Anaïs é ler sobre nós mesmos, nossos mais distantes e desconhecidos desejos e a diversidade demasiada de sensações. É ver transcrito tudo aquilo que tentamos compreender em nosso inconsciente e, certamente é muito envolvente. Você começa a ler os contos eróticos de Anaïs e se apaixona pela autora, pela sua delicadeza com as palavras, sem deixar o erotismo de lado! Anaïs é, acima de tudo, verdadeira. Direta mas sem deixar de ser sensível. Livros extraordinários!!! Recomendações!
31/08/2014
Agatha
Andrea
Gama/DF
Ler Anaïs é ler sobre nós mesmos, nossos desejos, nossas urgências e nossas fantasias. É ver no papel tudo aquilo que tentamos esconder da sociedade por medo de repressão. Somos todos seres sexuais, sexualizados, dotados de vontades e sensações. Anaïs é, acima de tudo, verdadeira.
21/11/2013